Minha genialidade é muito peculiar, não sei se você entende destas coisas, mas as coisas jamais te entendem desse jeito; não que você se regresse a jogar a culpa nas coisas, mas coisas estranhas jamais são taradas, atraídas ou solicitas a você.
Assim, tão normal, e qual o ponto alto da genialidade? Físicos-turistas em que movem o corpo para serem felizes e dependem da arte corporal pra conhecerem os corpos distintos de outros estados, países ou sistemas carcerários – a genialidade está na distinção do gozo mercenário e dissimulado das mulheres de Atenas.
Os amantes, todos tolos, interesseiros, prévios, capciosos; cura pra todo bem encaixado no mal – se lembra dela todo dia, do gozo, das brincadeiras bucais, das anáforas sem razão, da metafísica do corpo, do emblema da garrafa de cerveja, das torres (de chope) que derrubaram sem precisar de terroristas, das estrelas que contaram, e perderam-se tantas vezes sem achar o número final, das alianças que trocaram, dos amores que fizeram, do sexo que houve e os cigarros que acenderam, da despedida dissimulada que não é pra sempre, das mulheres de Atenas que não viraram musica e do regresso desmedido de um pensamento sonolento em que apenas sonha com o dissimulado reencontro que também não será para sempre.
Um comentário:
Postar um comentário