quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fodidos.

E que o mundo poderia não ser esse que vivemos,
vai que o mundo fosse o outro que estamos à espera.
E se Deus é o ponto forte das atmosfera,
o que esperar do excesso de calor que faz a terra febril?
E se nossa vida for um começo de tudo,
o que esperamos pra chegar ao final ou à partida.
E se tudo que contamos tenha fim,
e se os números são finitos?
E se a terra girasse sempre em torno de ti,
o que esperar da tua influência absurda sobre o âmago?
E se a cerveja não tivesse, ao menos na gente, meu amigo,
o poder de dissolver a tristeza dos problemas?
E se estes mesmos problemas não voltassem à tona todo dia,
e dormir bastasse pra que tudo fosse resolvido, qual a glória de beber?
Um dia houve Bach, Gaudi, Bakhtin, Dostoievski, Boccaccio, Hank.
E se agora, que somos homens vis, hostis, rudes e pseudo-mortais,
Deus quisesse de fato matar a todos com um dia de chuva ou de calor?
Às vezes acho, meu amigo, que a resposta pra todas as perguntas estejam sob o catre
daquela que um dia dormi abraçado, sobre a cama!
E se eu não voltar lá pra saber? Estaremos fodidos.