É que eu não nasço, sabe? De verdade a verdade é óbvia ululante sobre meu surgimento.
Mas, ainda assim, nem por pouco altruísmo alheio, conseguiram aliterar minhas vogais.
É que talvez, de fato, eu seja assim meio complicado, mas não impossível!
Um dia, ainda muito jovem, uns anos após meu surgimento, vi-me verter em sangue, sim, eu havia cortado meu dedo, era muito sangue, meu Deus. Era vermelho pra todo lado, eram glóbulos brancos que haviam dentro do vermelho – isso eu aprendi muito tempo Dê-pois no meu caderno, eu não fazia lição.
Dê, tenho saudades de você, manda um beijo pra Dona Relva, seu Severino e sua irmã que me dava asco; Geni.
Escrevo pra somente relembrar meu surgimento, eis que me finalizo, sabe, já não encontro mais quem esteja pra reinaugurar-nos, há muita noite lá fora, pouca lua, nenhuma estrela, muito vento – vejo transladando pelos nortes sulistas do céu. Não que eu esteja louco, olha, olha, veja como ele passa colorido, Dê, veja como não há sol, a noite está tão escura, tão intensa, sobretudo, está tão noturna.
Tem uma chaminé no vizinho, ele fez em dezembro à espera dum papai-noel, mas vou te contar um segredo: ali, juro, que ali, nem o pé do Papai-noel passaria. Vamos sair daqui? Vamos para o dia, dia seguinte.
- Quando estendo o braço pra acionar a parada do dia seguinte, Dê. Não tenho mais dedo pra apontar o sinal, me finalizaram antes do meu tchau... Tchau é tão parecido com Tiamo, não? Fale rápido e baixo: Tchau/Tiamo. É tão legal, parece que foram feitos pra serem usados no mesmo momento, pra finalizar. Tchau/Tiamo.
Alguém há de dizer que são palavras fortes, mas tamanha é a força do texto de Téo e do seu grito, que não haveria como dizer deles, se não fosse com força. Se você é capaz de enxergar a ternura encoberta pelo mito do forte que tem medo de que percebam sua doçura, então é capaz de amar este blog. por Ana da Cruz.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Lembro-me quando fui passarinho e ciscava e caía toda vez que desiquilibrava na bosta que cagara.
Quando voava era muito pouco, parecia o avesso do avesso do avesso. Logo caía emputecido com o deus que me criara tão passarinho e admirava os passarões.
E ciscava novamente, caía na merda novamente. E voava e não passava do mais alto que os dois metros de altura - aquilo era tão injusto.
Até que me joguei de uma árvore, bati a cabecinha e morri. Nunca consegui voar.
Agora sou humano, cago mais que caio, mas a bosta ta sempre presente nos meus desiquilibrios. Há sempre alguma coisa pior, só há bosta. Não há mais liberdade e nem dois metros de altura pra se voar.
Quando voava era muito pouco, parecia o avesso do avesso do avesso. Logo caía emputecido com o deus que me criara tão passarinho e admirava os passarões.
E ciscava novamente, caía na merda novamente. E voava e não passava do mais alto que os dois metros de altura - aquilo era tão injusto.
Até que me joguei de uma árvore, bati a cabecinha e morri. Nunca consegui voar.
Agora sou humano, cago mais que caio, mas a bosta ta sempre presente nos meus desiquilibrios. Há sempre alguma coisa pior, só há bosta. Não há mais liberdade e nem dois metros de altura pra se voar.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Hoje acordei pensativo, tive regras ontem e durante todo o meu passado: os dias também foram todos regras, e eu pensei (pensar já se fazia regra), porém eu pensei, eu não quis mais tentar ser um homenzinho radical, que perdeu a capacidade de viver, por uma simples crise de existência, é quando me disseram crise de existência foi que eu me toquei o quanto fui nojento e sem escrúpulos, dentro da regra fui estúpido, eu não queria viver, eu não queria amar, ou talvez amava demais e ao olhos de quem via não me imaginava triste, porem eu aos pedaços apalpava cada canto do meu peito, pra juntar os cacos, meu sangue servia como cola, mas toda cola seca, e grudava ainda mais o que não tinha que ser grudado, eu não quis ser mais um, não mais um, por esse momento não mais um!
E quando me levantei, foi justamente que cai, foi como ser a vida tivesse “plantando bananeira” e tinha esquecido-se que eu estava ali no bolso dela, não quero ser apenas alguém que possa ser mantido por segredo, eu quero ser exaltado eu tenho prestigio pra isso, por que eu não posso acreditar? Por que me dói tanto amar, se vejo por ai que o amor apenas alimenta, apenas alimenta e sustenta a alma, enquanto o resto ressuscita pra vida eterna?
Como vejo mães e filhos, eu vejo pais e filhas, eu vejo que se amam e comecei a fugir das regras, eu já não queria ver tudo como via, porque não acreditava em tudo, eu não acreditava, e sinceramente não quero mais acreditar, quero criar pra mim um habito novo de serenidade, paz e principalmente vida, eu já não vivo a quanto tempo? Só por não acreditar!
Eu me levanto e tropeço, vivo como um pássaro de asas cortadas, preso numa gaiola que não me deixa viver, me impede de muito, vivo a comer comida tratada, quero mais é voar, quero sobrevoar o mundo, ver o mundo azul como é, quero sentir o ar de liberdade, mas tenho medo, sou covarde, fraco, tolo, inútil, nu com a mão no bolso! Eu não quero mais subir aos céus, não quero fugir das regras, não quero mais crer em coisas novas, eu tenho medo...
... e continuo a ser quem sou!
E quando me levantei, foi justamente que cai, foi como ser a vida tivesse “plantando bananeira” e tinha esquecido-se que eu estava ali no bolso dela, não quero ser apenas alguém que possa ser mantido por segredo, eu quero ser exaltado eu tenho prestigio pra isso, por que eu não posso acreditar? Por que me dói tanto amar, se vejo por ai que o amor apenas alimenta, apenas alimenta e sustenta a alma, enquanto o resto ressuscita pra vida eterna?
Como vejo mães e filhos, eu vejo pais e filhas, eu vejo que se amam e comecei a fugir das regras, eu já não queria ver tudo como via, porque não acreditava em tudo, eu não acreditava, e sinceramente não quero mais acreditar, quero criar pra mim um habito novo de serenidade, paz e principalmente vida, eu já não vivo a quanto tempo? Só por não acreditar!
Eu me levanto e tropeço, vivo como um pássaro de asas cortadas, preso numa gaiola que não me deixa viver, me impede de muito, vivo a comer comida tratada, quero mais é voar, quero sobrevoar o mundo, ver o mundo azul como é, quero sentir o ar de liberdade, mas tenho medo, sou covarde, fraco, tolo, inútil, nu com a mão no bolso! Eu não quero mais subir aos céus, não quero fugir das regras, não quero mais crer em coisas novas, eu tenho medo...
... e continuo a ser quem sou!
domingo, 26 de outubro de 2008
Ele chegou, sentou-se em um banco, colocou a pasta ao lado e recostou-se. Parecia chateado com algo. De repente, começou a procurar um melhor jeito de acomodar-se no assento sujo e desconfortável.
Após alguns minutos, seu olhar mostrava uma incomunicabilidade extrema com o lugar: ele era apenas pensamentos. A paisagem ao redor parecia ter uma latência para mudar. Os dias de verão são aquarelas que dão errado a qualquer pincelada. Um vento de chuva arrastou algumas folhas caídas que conviviam com garrafinhas de suco e maços de cigarro: Assim é a convivência das coisas por aqui. Enquanto isso, a sombra das folhas da árvore dançavam em seus pés.
Após alguns minutos de um outro tipo de tempo, ele resolveu abrir a pasta; notou que ela estava entreaberta. Sentiu receio de ter perdido algo. Mesmo assim, tirou uns papéis. De longe, parecia uma carta a ser terminada. Depois que abriu a pasta, parece que ele ficou menor no meio daquele monte de papel branco hospitalar.
Os raios de sol que se mixavam nas folhas das árvores tomavam um aspecto de jogo. Mas a preocupação dele afastava qualquer pessoa que quisesse sentar-se ao banco. Estava com uma turbulência imóvel nítida.
Um tronco de árvore, no lado direito à sua frente, dava uma profundidade à cena. Os veios da madeira, de uma forma ou de outra, assemelhavam-se aos de seu rosto. O clima, aguardando a chuva, deixava as mãos com uma certa umidade desconfortável. O calor passou a ser um tipo de ironia. Sabemos bem falar de desconforto por aqui.
Incomunicável como um boneco de látex, ele ficou com algumas folhas tiradas da pasta sobre o colo. Aqueles papéis preocuparíam qualquer um: poderíam ser documentos importantíssimos! E as folhas caídas das árvores continuavam esvoaçando a seus pés, fazendo desenhos abstratos de descompromisso.
Novamente ele tentava aconchegar-se no banco. O vento soprou, as folhas se levantaram em suas mãos como cartas de baralho de um jogo ganho. Os raios de sol foram-se e restou apenas o vapor que deixaram. As nuvens no céu formavam mil figuras conhecidas e, ao mesmo tempo, nunca vistas. Não é comum levantar a cabeça para ver as coisas hoje em dia: As nuvens brincavam de caverna platônica.
Aquele homem parecia preocupado demais para estar ali. Aqueles papéis, talvez a carta, os envelopes, a pasta… o vento poderia levar tudo para o convívio com as coisas do chão.
Uma leve garoa chegou. Não havia mais sol. A umidade era, agora, visualmente presente: orgânica. Ele, então, olha o relógio, tira-o do braço e coloca-o na pasta.
Pelo lado direito, apareceu uma mulher; sentou-se no banco, cumprimentaram-se. Ele entregou algumas folhas para ela; despediram-se. Ela se levantou, olhou para a esquerda e foi embora. Ele colocou de novo o relógio, organizou a pasta, fechou-a bem com o zíper e a presilha, levantou-se e saiu.
Por Anderson Volpato Rodrigues
Após alguns minutos, seu olhar mostrava uma incomunicabilidade extrema com o lugar: ele era apenas pensamentos. A paisagem ao redor parecia ter uma latência para mudar. Os dias de verão são aquarelas que dão errado a qualquer pincelada. Um vento de chuva arrastou algumas folhas caídas que conviviam com garrafinhas de suco e maços de cigarro: Assim é a convivência das coisas por aqui. Enquanto isso, a sombra das folhas da árvore dançavam em seus pés.
Após alguns minutos de um outro tipo de tempo, ele resolveu abrir a pasta; notou que ela estava entreaberta. Sentiu receio de ter perdido algo. Mesmo assim, tirou uns papéis. De longe, parecia uma carta a ser terminada. Depois que abriu a pasta, parece que ele ficou menor no meio daquele monte de papel branco hospitalar.
Os raios de sol que se mixavam nas folhas das árvores tomavam um aspecto de jogo. Mas a preocupação dele afastava qualquer pessoa que quisesse sentar-se ao banco. Estava com uma turbulência imóvel nítida.
Um tronco de árvore, no lado direito à sua frente, dava uma profundidade à cena. Os veios da madeira, de uma forma ou de outra, assemelhavam-se aos de seu rosto. O clima, aguardando a chuva, deixava as mãos com uma certa umidade desconfortável. O calor passou a ser um tipo de ironia. Sabemos bem falar de desconforto por aqui.
Incomunicável como um boneco de látex, ele ficou com algumas folhas tiradas da pasta sobre o colo. Aqueles papéis preocuparíam qualquer um: poderíam ser documentos importantíssimos! E as folhas caídas das árvores continuavam esvoaçando a seus pés, fazendo desenhos abstratos de descompromisso.
Novamente ele tentava aconchegar-se no banco. O vento soprou, as folhas se levantaram em suas mãos como cartas de baralho de um jogo ganho. Os raios de sol foram-se e restou apenas o vapor que deixaram. As nuvens no céu formavam mil figuras conhecidas e, ao mesmo tempo, nunca vistas. Não é comum levantar a cabeça para ver as coisas hoje em dia: As nuvens brincavam de caverna platônica.
Aquele homem parecia preocupado demais para estar ali. Aqueles papéis, talvez a carta, os envelopes, a pasta… o vento poderia levar tudo para o convívio com as coisas do chão.
Uma leve garoa chegou. Não havia mais sol. A umidade era, agora, visualmente presente: orgânica. Ele, então, olha o relógio, tira-o do braço e coloca-o na pasta.
Pelo lado direito, apareceu uma mulher; sentou-se no banco, cumprimentaram-se. Ele entregou algumas folhas para ela; despediram-se. Ela se levantou, olhou para a esquerda e foi embora. Ele colocou de novo o relógio, organizou a pasta, fechou-a bem com o zíper e a presilha, levantou-se e saiu.
Por Anderson Volpato Rodrigues
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Um sonho.
Andava pela praia, estava nublado, era cedo e o pé não encaixava na areia.
Via-se as ondas quebrarem no acorde mais bonito - sol. As águas vinham, transpassavam a pele, não molhava, tocavam os ossos, arrepiava-o.
Os passos curtos à beira-mar, os pés intactos, não sujavam-se, à areia dava-se graças por não sujarem-no.
Havia você, haviam águias e gaivotas, e agora há impossibilidade de aplicar por interjeição os barulhos dos animais e do coração, mas tão felizes; os animais e o coração.
Eras linda, como sempre fostes, como és e sempre serias. Estavas nua, sem pudor e nua. Ah! Excitação da Alma. Os braços dele não eram fortes, não conseguia te pegar no colo, mas te jogava na areia e eram eternos.
O rapaz acordava sempre, trabalhava, andava no asfalto e se sujava. Na volta pra casa se banhava, comia, chorava e bebia. Depois dormiria novamente afim de que se eternizasse todo sonho que sonhasse.
Via-se as ondas quebrarem no acorde mais bonito - sol. As águas vinham, transpassavam a pele, não molhava, tocavam os ossos, arrepiava-o.
Os passos curtos à beira-mar, os pés intactos, não sujavam-se, à areia dava-se graças por não sujarem-no.
Havia você, haviam águias e gaivotas, e agora há impossibilidade de aplicar por interjeição os barulhos dos animais e do coração, mas tão felizes; os animais e o coração.
Eras linda, como sempre fostes, como és e sempre serias. Estavas nua, sem pudor e nua. Ah! Excitação da Alma. Os braços dele não eram fortes, não conseguia te pegar no colo, mas te jogava na areia e eram eternos.
O rapaz acordava sempre, trabalhava, andava no asfalto e se sujava. Na volta pra casa se banhava, comia, chorava e bebia. Depois dormiria novamente afim de que se eternizasse todo sonho que sonhasse.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Porque fico a procurar pontinhos pra corrigir meu péssimo português. E fico andando e não canso e não acelero, mas não diminuo meu passo, meu amor.
E fico me cedendo pra você e moras em mim e me enfeita e me decora e me pinta de azul e me restaura e me inaugura, moras sempre, meu amor.
E quando seguro a sua mão, me rendo e sou criança, me cuidas, me ensina a atravessar e olho p'ros dois lados, mas só vejo você, meu bem.
Eu sorrio e sou mais feliz e venero e duplico. Olha a segunda voz, ouve? E suplico e imploro e não há maldade, nem melancolia, meu amor.
E quando amo e quando chamo é quando gosto é como gosto. Porque és meu mar e eu tua ilha. Daí morri, morri rindo, não havia quem chorasse, não houve mártir, nem pecado, nem santidade e houve paz, porque te ouvi, princesa.
Agora há e sempre haverá, meu amor.
E fico me cedendo pra você e moras em mim e me enfeita e me decora e me pinta de azul e me restaura e me inaugura, moras sempre, meu amor.
E quando seguro a sua mão, me rendo e sou criança, me cuidas, me ensina a atravessar e olho p'ros dois lados, mas só vejo você, meu bem.
Eu sorrio e sou mais feliz e venero e duplico. Olha a segunda voz, ouve? E suplico e imploro e não há maldade, nem melancolia, meu amor.
E quando amo e quando chamo é quando gosto é como gosto. Porque és meu mar e eu tua ilha. Daí morri, morri rindo, não havia quem chorasse, não houve mártir, nem pecado, nem santidade e houve paz, porque te ouvi, princesa.
Agora há e sempre haverá, meu amor.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
- Não sei se eu vou ser chato assim por muito tempo ainda fazendo com que seu sentimento por mim se acabe.Mas, se puder me desculpa, é só minha falta de segurança, meu medo imaturo de te perder, minha vontade de roubar souvenirs e te dar. Mas eu não onde caber se não tenho teus olhos pra me proteger e nunca tiver.
Não é que só preciso de ti pra ser feliz e só você me fará feliz, mas é que a maior parte da minha vida é aliterada a sua, e se não tenho um bom emprego - que me faça feliz. Se não tenho um bom lugar - que me realize pra morar. Se não tenho um dom capaz de surpreender as pessoas, ao menos - não que seja muito pouco ou quase nada, porque é muito - tenho você e se não tiver, não terei mais nada.
- O Que quer dizer com isso, amor?
- Tenho medo de que você vá, mesmo sem querer que vá.
E ela não foi.
Não é que só preciso de ti pra ser feliz e só você me fará feliz, mas é que a maior parte da minha vida é aliterada a sua, e se não tenho um bom emprego - que me faça feliz. Se não tenho um bom lugar - que me realize pra morar. Se não tenho um dom capaz de surpreender as pessoas, ao menos - não que seja muito pouco ou quase nada, porque é muito - tenho você e se não tiver, não terei mais nada.
- O Que quer dizer com isso, amor?
- Tenho medo de que você vá, mesmo sem querer que vá.
E ela não foi.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Sua Vida.
Eu fui sua menarca.
Eu fui seu vestido de debutante.
Eu fui suas brincadeiras infantis.
Eu fui seu braço quebrado.
Eu fui sua viagem pra Angra dos Reis nas férias.
Eu fui seu carro batido.
Eu fui seu estresse.
Eu fui sua tentativa de divórcio.
Eu fui sua demissão.
Eu fui sua internação no Souza Aguiar.
Sou sua invalidez.
Sou sua viuvez.
Sou seu asilo.
Sou sua solidão.
Sou seu câncer.
Sou seu lar no São João Batista.
Eu fui seu vestido de debutante.
Eu fui suas brincadeiras infantis.
Eu fui seu braço quebrado.
Eu fui sua viagem pra Angra dos Reis nas férias.
Eu fui seu carro batido.
Eu fui seu estresse.
Eu fui sua tentativa de divórcio.
Eu fui sua demissão.
Eu fui sua internação no Souza Aguiar.
Sou sua invalidez.
Sou sua viuvez.
Sou seu asilo.
Sou sua solidão.
Sou seu câncer.
Sou seu lar no São João Batista.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Vontade.
Algo que escrevi quando tinha uns dezesseis anos.
Eu levantei hoje às 08 horas, com uma vontade insípida de fazer sexo.
Foi nojento, juro.
Um homem, praticamente culto, praticamente nulo, com uma vontade impraticável? Oh yeah... My God!
Eu queria a todo custo levantar da cama, mas, eu não me levantava sozinho, éramos eu e ele, ele embaixo eu em cima, quanto sonho bobo, quanto desejo famigerado, me lembrei de quando eu era pequeno; todos me falavam que isso não era coisa de gente educada. Sexo - oh yeah, my God - não é coisa de gente do bem, não é coisa de gente que tem por objetivo ser alguém na vida, em vida social, em vida cordial, um menino bom, um homem certo, e um velho sábio, segundo me diziam, não poderia pensar em sexo, imagine então, às oito horas da manhã!
Acabei por criar minha tese, sou este mesmo famigerado, sou o mesmo homem incerto, um futuro velho burro, um passado garoto negligente que vive a vida por prazer.
Não que tenhamos que praticar sexo a torto e a direita, mas, façamos sempre às direitas!
Eu levantei hoje às 08 horas, com uma vontade insípida de fazer sexo.
Foi nojento, juro.
Um homem, praticamente culto, praticamente nulo, com uma vontade impraticável? Oh yeah... My God!
Eu queria a todo custo levantar da cama, mas, eu não me levantava sozinho, éramos eu e ele, ele embaixo eu em cima, quanto sonho bobo, quanto desejo famigerado, me lembrei de quando eu era pequeno; todos me falavam que isso não era coisa de gente educada. Sexo - oh yeah, my God - não é coisa de gente do bem, não é coisa de gente que tem por objetivo ser alguém na vida, em vida social, em vida cordial, um menino bom, um homem certo, e um velho sábio, segundo me diziam, não poderia pensar em sexo, imagine então, às oito horas da manhã!
Acabei por criar minha tese, sou este mesmo famigerado, sou o mesmo homem incerto, um futuro velho burro, um passado garoto negligente que vive a vida por prazer.
Não que tenhamos que praticar sexo a torto e a direita, mas, façamos sempre às direitas!
sábado, 11 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Miss Butterfly
(...) Sem pressa... Deixe entrar, deixe envenenar, deixe enlouquecer. Sem pressa... Apenas sinta. Deixe pulsar. Sangue ferver. Pupila dilatar. Sem pressa... Deixe os olhos abertos... Estremece.
Quanto mais exploro teu beijo, mais quero te conhecer, Miss Butterfly. Até teus beijos têm segredos - EU
Sem pressa... Não há no mundo beijo igual ao beijo de uma borboleta.
Sem pressa... Miss Butterfly escolhe os lábios que irá presentear com o gosto da vida.
- Sem pressa... vem devagar me beijar. – Miss Butterfly
Quem pode resistir ao canto de Miss Butterfly? - EU
Sem pressa... deixe as asas de Miss Butterfly te aquecer os ombros, enquanto o beijo flui como puro libido pelo sangue quente.
Sem pressa... Deixe o seu corpo se derramar nas águas de Miss Butterfly.
Sem Pressa... Devagar... Macio... Intenso... – Miss Butterfly (...)
Quanto mais exploro teu beijo, mais quero te conhecer, Miss Butterfly. Até teus beijos têm segredos - EU
Sem pressa... Não há no mundo beijo igual ao beijo de uma borboleta.
Sem pressa... Miss Butterfly escolhe os lábios que irá presentear com o gosto da vida.
- Sem pressa... vem devagar me beijar. – Miss Butterfly
Quem pode resistir ao canto de Miss Butterfly? - EU
Sem pressa... deixe as asas de Miss Butterfly te aquecer os ombros, enquanto o beijo flui como puro libido pelo sangue quente.
Sem pressa... Deixe o seu corpo se derramar nas águas de Miss Butterfly.
Sem Pressa... Devagar... Macio... Intenso... – Miss Butterfly (...)
domingo, 5 de outubro de 2008
E olhava pra ela, cara. E me excitava, cara. Eu tinha tesão por ela de forma que não havia pecado, é como se eu estivesse acima de Deus e Deus me venerasse e por diversas vezes Deus me adorava, como criador de si.
Os cigarros não prejudicavam meus pulmões, o abscesso mental não me deturpava mais, eu não era fraco, eu não fazia jus ao meu estado doentio, era tão saudável quanto o Álamo pra cultos. Ninguém me desvendava, ninguém me desvenda.
Adoro teus os decotes, são os mais belos que meus olhos fisgam; é como se pudesse masturbar meu cérebro a cada hora que tenho visão sobre ti e gozasse de forma múltipla pelos membros do corpo todo. - Dizia a ela.
Cara, deixei de ser misantropo.
Por Téo.
Os cigarros não prejudicavam meus pulmões, o abscesso mental não me deturpava mais, eu não era fraco, eu não fazia jus ao meu estado doentio, era tão saudável quanto o Álamo pra cultos. Ninguém me desvendava, ninguém me desvenda.
Adoro teus os decotes, são os mais belos que meus olhos fisgam; é como se pudesse masturbar meu cérebro a cada hora que tenho visão sobre ti e gozasse de forma múltipla pelos membros do corpo todo. - Dizia a ela.
Cara, deixei de ser misantropo.
Por Téo.
no name.
Esperar a vida,
à espera de Deus,
é sarcasmo do Diabo,
que se rende aos teus.
Esperar a vida
à espera da felicidade,
é sarcasmo divino,
visando a liberdade.
sede feliz nesta vida,
que a outra é duvida.
"tristeza forma de egoísmo"
e impurifica a alma plena.
Sede feliz pela rosa,
que nasce todo dia,
Sede feliz pelo sexo
que é presente em toda vida.
Prazer e prazer... descompasso errante,
uma palavra nova que voa,
é neologismo ambulante...
Vai ser GAUCHE na vida,
e morrer por ter vivido!
à espera de Deus,
é sarcasmo do Diabo,
que se rende aos teus.
Esperar a vida
à espera da felicidade,
é sarcasmo divino,
visando a liberdade.
sede feliz nesta vida,
que a outra é duvida.
"tristeza forma de egoísmo"
e impurifica a alma plena.
Sede feliz pela rosa,
que nasce todo dia,
Sede feliz pelo sexo
que é presente em toda vida.
Prazer e prazer... descompasso errante,
uma palavra nova que voa,
é neologismo ambulante...
Vai ser GAUCHE na vida,
e morrer por ter vivido!
sábado, 4 de outubro de 2008
Moça.
Difícil é entender quem não há, haver.
Faz tempo que não sei o quê me dilacera com tanta facilidade que só sinto em mim coração e cabeça, o resto se esvaiu, vai ver é alguma partícula poluidora que respiras por aí.
Meu Deus, quanta fragilidade; seria hora de jesusinho agir pra evitar transtornos piores, não? Não.
Transpassaram-me feito lança em pulmões dos quais jorraram água, mas meu corpo conteve lágrimas, já secaram e agora não há o porvir, nem o que sorrir, nem o que gozar.
Lembro-me do beijo, do queijo e da tua idéia. Sua presença me negaceia e penso em cair em tentação, mas não.
Não tive o beijo, tens o queijo, meu desejo, minha ternura, meu sexo, minha virtude, minha aspiração, meu sonho e o que cresce "amor".
Mas por que tantos deslizes acusam-me de infidelidade? É só o medo de que sejas demais pro que sou de menos, mas até que se passe, eu fico. Porque te amo, com afinco e diversão. Logo, me regenero.
Faz tempo que não sei o quê me dilacera com tanta facilidade que só sinto em mim coração e cabeça, o resto se esvaiu, vai ver é alguma partícula poluidora que respiras por aí.
Meu Deus, quanta fragilidade; seria hora de jesusinho agir pra evitar transtornos piores, não? Não.
Transpassaram-me feito lança em pulmões dos quais jorraram água, mas meu corpo conteve lágrimas, já secaram e agora não há o porvir, nem o que sorrir, nem o que gozar.
Lembro-me do beijo, do queijo e da tua idéia. Sua presença me negaceia e penso em cair em tentação, mas não.
Não tive o beijo, tens o queijo, meu desejo, minha ternura, meu sexo, minha virtude, minha aspiração, meu sonho e o que cresce "amor".
Mas por que tantos deslizes acusam-me de infidelidade? É só o medo de que sejas demais pro que sou de menos, mas até que se passe, eu fico. Porque te amo, com afinco e diversão. Logo, me regenero.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
hei!
O que me impressiona,
Não são teus olhos esverdeados,
Nem teus glúteos tão desejados.
O que me impressiona é a fantasia,
Do jeito que faz pra viver assim me catalogando,
O que me impressiona são as formas da excitação.
O que me impressiona são os teus Ballet Boots
Na verdade, tanto rodeio.
Pra dizer que nunca vi nada austero,
Nem um déspota hostil.
Eu nunca vi pleonasmo sem significado,
Nem antítese sem antônimo,
O que eu vi, vou dizer:
Foram essência e visibilidade do ser.
Qualquer que se forme nu e cru,
Transparente pra dizer que és tu,
Dane-se Cupido ou Vênus – padre.
Quero mesmo é saber do teu seio,
Que amamentará nossos filhos...
Ah! Que platonização...
Lá fora os homens trabalham,
Batem martelos e prego,
E em mim, o que hei eu de bater?
Não são teus olhos esverdeados,
Nem teus glúteos tão desejados.
O que me impressiona é a fantasia,
Do jeito que faz pra viver assim me catalogando,
O que me impressiona são as formas da excitação.
O que me impressiona são os teus Ballet Boots
Na verdade, tanto rodeio.
Pra dizer que nunca vi nada austero,
Nem um déspota hostil.
Eu nunca vi pleonasmo sem significado,
Nem antítese sem antônimo,
O que eu vi, vou dizer:
Foram essência e visibilidade do ser.
Qualquer que se forme nu e cru,
Transparente pra dizer que és tu,
Dane-se Cupido ou Vênus – padre.
Quero mesmo é saber do teu seio,
Que amamentará nossos filhos...
Ah! Que platonização...
Lá fora os homens trabalham,
Batem martelos e prego,
E em mim, o que hei eu de bater?
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