Hoje acordei pensativo, tive regras ontem e durante todo o meu passado: os dias também foram todos regras, e eu pensei (pensar já se fazia regra), porém eu pensei, eu não quis mais tentar ser um homenzinho radical, que perdeu a capacidade de viver, por uma simples crise de existência, é quando me disseram crise de existência foi que eu me toquei o quanto fui nojento e sem escrúpulos, dentro da regra fui estúpido, eu não queria viver, eu não queria amar, ou talvez amava demais e ao olhos de quem via não me imaginava triste, porem eu aos pedaços apalpava cada canto do meu peito, pra juntar os cacos, meu sangue servia como cola, mas toda cola seca, e grudava ainda mais o que não tinha que ser grudado, eu não quis ser mais um, não mais um, por esse momento não mais um!
E quando me levantei, foi justamente que cai, foi como ser a vida tivesse “plantando bananeira” e tinha esquecido-se que eu estava ali no bolso dela, não quero ser apenas alguém que possa ser mantido por segredo, eu quero ser exaltado eu tenho prestigio pra isso, por que eu não posso acreditar? Por que me dói tanto amar, se vejo por ai que o amor apenas alimenta, apenas alimenta e sustenta a alma, enquanto o resto ressuscita pra vida eterna?
Como vejo mães e filhos, eu vejo pais e filhas, eu vejo que se amam e comecei a fugir das regras, eu já não queria ver tudo como via, porque não acreditava em tudo, eu não acreditava, e sinceramente não quero mais acreditar, quero criar pra mim um habito novo de serenidade, paz e principalmente vida, eu já não vivo a quanto tempo? Só por não acreditar!
Eu me levanto e tropeço, vivo como um pássaro de asas cortadas, preso numa gaiola que não me deixa viver, me impede de muito, vivo a comer comida tratada, quero mais é voar, quero sobrevoar o mundo, ver o mundo azul como é, quero sentir o ar de liberdade, mas tenho medo, sou covarde, fraco, tolo, inútil, nu com a mão no bolso! Eu não quero mais subir aos céus, não quero fugir das regras, não quero mais crer em coisas novas, eu tenho medo...
... e continuo a ser quem sou!
2 comentários:
O que importa é nao perder a essência!
abraços,
Ana
Eu gostei :)
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