segunda-feira, 5 de julho de 2010

velho gagá

Como quando a todo momento eu sanava minhas dúvidas via pesquisadores on
line. A qualquer momento posso ir e invadir sua página, não, mentira,
não posso.
Ela estava lá, parecia-me que tal perto do velho pesquisador, em que me
mostrava conhecimento mas era ali, somente on line, na mesa da pesquisa,
na parte visual, a realidade que não se tornava material nem em se
tratando de lágrimas cumplices.
Lembro-me quando fiz a guria chorar, me senti um velho vagabundo safado
que ficara sentado na esquina, frente a quitanda; fazendo menininhas
inocentes se sentirem acanhadas pela tara do pinto mole em que apetecia
meu corpo inteiro. Baby, você esqueceu de tomar seus remédios - Era o
que dizia meu neto em que apelidara em dias anteriores meu psiquiatra; o
meu velho e gagá subconsciente.
Assim me sinto até hoje, um gagá sem idade, ora adolescente o suficiente
pra cagar no tapete de entrada. Ora velho o suficiente pra ser impotente
nas minhas verdades. Por um tempo me senti adulto responsável, quando a
moça esperava de mim algo que alcançara somente ao lado dela. Ao lado
longe, como o resultado de uma página de pesquisas, assim, tão legível,
mas um vidro cheio de manchas de meus dedos. Preciso tocá-la; pelo sexo
ou pela morte

2 comentários:

Laisa disse...

Muito bom. Sim, eu ri.

Marianna Rafaella disse...

só o ruim do adolescente e do velho?
assim não vale, você sabe