sábado, 17 de julho de 2010

ish!

E preciso pôr em prática a delicada sensação de enfiar o pé na merda. Tenho um pouco de azar por estes dias, a vida tem consumido alguns projetos obscuros da metade clara do meu cérebro. E se por algum acaso, dedico-me poemas, sinto-me auto-suficiente e no bar, peço dois copos, encho-os até a boca, brindo-os e digo: a mim, cheers.
Fico com mulher alheia, bebo do mel que cedem em troca de pouca coisa, uma boa língua, um bom elogio e digo que amo pra que fique menos dolorida a idéia de traição que provocam. Marido em casa, à espera de amor e a puta revolta por aí à espera de um pau que possa ser mais macho que homem. Se por algum acaso, você ajoelhar, não reze, chupe. E me olham com cara tímida e apaixonada. Pervertida e angelical. Confesso que me masturbo pra elas posteriormente, adoro as aventuras da vida que me fazem provocar.
Você não tem mulher, não tem amores e vive muito melhor assim, visto que o amor é uma forma inconveniente de se aproximar do sofrimento. O amor é um jugo, opressão material ou moral. O amor depende de muita coisa pra não passar de começo, meio e morte. Não amar me faz sentir superior aos outros. Faço poemas e não dedico a ninguém. E se eu tenho dois poemas e não ofereço a ninguém, quer dizer que sou egoísta? Mas, os fiz, à minha conveniência!

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