Alguém há de dizer que são palavras fortes, mas tamanha é a força do texto de Téo e do seu grito, que não haveria como dizer deles, se não fosse com força. Se você é capaz de enxergar a ternura encoberta pelo mito do forte que tem medo de que percebam sua doçura, então é capaz de amar este blog. por Ana da Cruz.
terça-feira, 8 de junho de 2010
oquemaisagora
De manhã o frio, tem sol, mas é frio. Duas cobertas, blusa de moletom, calça de moletom, meias e nada aquece. Nada aquece. Não há mulher, não há conhaque, não há vontade. O que dita o ritmo é ser preterido. Se você é preterido por quem mais gosta, faz frio, você ser preterido por você é o ápice da idiotice. Mas não se arruma jeito de escapar, se não há paz, não há calor, dá-se a impressão de que falta somente ter idéia do que há de se escrever na lápide. Quem irá cavar tua cova, quem jogará a flor por ultimo no seu caixão, se alguém estará lá pra fazer isso. Se sua vida continua ou para por ali. Eu precisava de cigarros, drogas, cachaças, cervejas, mulheres, mas não, nada disso faz sentido, nada disso tira de dentro do âmago o vazio que não se camufla. É necessário deixar duas ou três larvas vivas pra que virem borboletas, não? Não! Três borboletas não mudarão nada sua vida, nem a minha, não mudará o efeito. Se a sinopse da sua vida é o que passa na tua mente quando fecha os olhos é que tua vida é muito pouca. E ser pouco é o espírito do ser humano moderno. Era muito melhor quando a vida se resumia em música, mulheres, cervejas e cigarros. Mas não tens mais efeito diante das mulheres, seus ouvidos entupidos, seu fígado infeccionado impede a cerveja e seus pulmões pretos dispensam cigarros. Olhas pro céu, o sol. E cospes pro alto. O que mais agora?
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