E eu vinha perdendo companhias, estava entre Kerouac, Bukowski, André Santanna, Caio F Abreu, mas quem estava vivo estava longe. Enfim, ela me disse que não queria barba, nem bigode, que achava ruim, eu disse pra se foder e trocasse de homem, fosse dar pra um viado. Reclamava de eu estar acordado há quase 48 horas com a minha sonolência ébria e febril. E eu mandava se foder novamente. Porque você pode ter duas coisas na vida: briga e sexo. E confesso que quando juntava as duas coisas a fodia com mais intensidade, mas também, tanto fazia, se eu não a comesse bem numa noite, durante o dia ela procurava alguém pra dar, se resolvia, fingia que me enganava, chegava mais relaxada e não me enchia o saco, eu queria encontrar o cara que a come, ah, como queria, pra dar um abraço bem forte e dizer que ele faz meus dias mais felizes, quando a leva pra longe.
Sentava no computador, não saía nada que prestasse, era um martírio com meus pulmões, a cabeça dolorida da ressaca, o dia seguinte era sempre impregnante, era como meus cigarros, há muito, cigarros, conhaque e cerveja deixaram de ser companhia, pra se tornarem inimigos, toda vez que se faziam presentes era pra me denunciar: mau cheiro, danos aos pulmões e fraqueza, ah, como o álcool sabia me dominar, era sempre assim, entre o bem e o mal, você escolhe o meio termo, fecha a cara, fica mal humorado, manda a vida à merda, a mulher se foder e ela usa o termo crítico, literal sai às oito da manhã e volta seis horas da tarde, mais sorridente que hiena, abre a bolsa, me dá um novo livro, dessa vez foi um Whitman, tenho uma nova companhia.
5 comentários:
CONFUSA PRA PENSAR EM ALGO...
Para toda mulher do inferno, existe um homem sem jeito. A resposta vem. :)
achei o texto confuso
Como pode nao gostar de barbas?
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