Tu não estavas à vista,
mas eu te olhava.
E meus olhos piscavam,
cheios de lágrimas,
num ritmo sonar.
Havia duas de você,
a que segurava o copo,
e a que me cedia o colo.
Na borda do copo,
tua boca.
E na borda da tua boca,
meu nome.
E meu nome sujo,
purificava-se
nos teus
lábios filtros.
Já não era mais um homem,
e infantilizado
pelo sentimento vil,
tu não estavas à vista.
Eu não te olhava mais,
e nas bordas dos copos,
minha boca,
e na borda da minha boca,
outras bocas.
E na borda das outras bocas,
ilusão.
Enquanto meu cérebro
palpitava teu nome
já limpo.
De outras vidas,
limpo.
De outros homens,
limpo.
De meus sonhos,
limpo.
Era então
amor.
E do amor
nascera
o sujo,
pro amor
nascera teu nome a
palpitar
em meu cérebro.
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