sábado, 25 de abril de 2009

Eu sei que parece o que não se diz!

- Abre a porta, caralho. Preciso te contar uma novidade, porra.
- Perdi a chave, pode contar daí mesmo.
- Deixa quieto, até mais.

Dormia muito, o dia inteiro, estava sob efeito de algum alucinógeno que vinha do ar, dá água ou dá cerveja. Bebia muita cerveja.
Não consigo pensar que uma das coisas da vida arcaica é ter que se realizar com algo genial que não qualquer bizarrice, rapaz. Sou tão vanguardista que a vida precisa de necessidades especiais pra ser de fato encarada e que vou ter que carregar uma morte de dois mil anos como motivo pra eu manter minha vidinha sob rédeas de alguem a me ensinar que tudo que é bom é pecado, mas que boceta de puta seca essa.
Acordei, fui ao banheiro, tropecei no piso de acesso ao banheiro, estava encharcado de cerveja e cigarros, meus olhos vermelhos, meu pau mole feito caralho velho, uma vontade da porra de mijar, não conseguia mijar, cara. Sentei no vaso, fiquei uns 15 minutos sentado lá, quando mijei, saíram duas ou três gotas com um pouco de porra junto, lembrei que há muito não trepava e que talvez aquilo tivesse secado dentro do meu canal da urina e isso que me dava dor ao mijar. Logo, bati uma punheta, a porra saiu, consegui mijar direito uns dez minutos depois.
Comecei a ler uma revista que havia chegado há três semanas, não havia lido nada, e dizia na capa: O poder do córtex-frontal.
Lembrei que era algo mais ou menos parecido com o amor, o trauma do córtex pré-frontal, lembrei de Henry Miller dizendo o quanto era bom trepar com Anaïs Nin; o quanto traumatizado ficou Henry por ter se fodido grandemente bem, achado uma mulher que de fato vivesse com ele pelo poder de foder, ah, se todos os homens dessem sorte, o poder de FODER, F-O-D-E-R, até que todos saíssem satisfeitos, mas haveria um trauma, o trauma que não faria com que você soubesse a estratégia certa pra usar, o momento certo de usar a sua estratégia, estaria tudo perdido.
É como o amor, nada dá certo com o amor, o amor é uma tolice:

- Como Shakespeare dizendo em Romeu e Julieta? ‘se essa rosa não se chamasse rosa, o aroma ainda seria o mesmo’

Que coisa mais desvairada, não? O amor é uma idiotice, tolice, o amor é um subjulgamento, o amor é uma variação do humor humano, e humanos envergonham, sou aliado ao espírito-humano, mas o corpo é um lixo, as pessoas sentem com a ponta de seus sexos o amor, o amor na verdade é um dano ao córtex, o amor é um dano ao cérebro, o amor nada é senão uma desculpa pra guerra étnica e religiosa, o amor é bélico, não vou citar o amor quando realmente existir sentimento, o amor é a perda da estratégia do cérebro, é o dano do córtex pré-frontal.

5 comentários:

Lucy disse...

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.


Bem vindo de volta, meu querido amigo POETA!

Liliane disse...

Uau... Não consigo achar outra palavra que defina isso... Ou melhor, acabei de achar: CHOCANTE, MARAVILHOSO, ENCANTADOR E SURPREENDEDOR. Achei mais algumas. Ficou demais...

Anônimo disse...

Concordei com o comentario da Lucy, mas nao sei ainda pq me pediu e fez tanto misterio sobre este texto... Não sei se é o sono meu bem, mas eu fiquei meio boiando nisso...
Por isso eu digo, o amor é para pessoas fracas, o que sinto por ti é apenas tesão!

:*********** beijos em ti deliciosa cenourinha!

Sua borboleta maluca :D

Anônimo disse...

patético. seus texto e os comentários. patético!

D. disse...

Pode ser. Mas ainda acho a vida muito mais interessante com ele.