Ela queria uma sessão de fotografias, era morena, tinha uma bunda linda.
Ele era um fotógrafo feliz, qualquer um seria feliz se pudesse tirar fotos daqueles rabo e decote.
- Você quer beber alguma coisa antes de começar, Elisa?
- Eu não bebo, Armando.
- Então eu vou beber.
- Mas não é você quem vai tirar a roupa, Armando.
- Mas sou eu quem vai ter que olhar sua bunda, Elisa, só a trabalho e vou ter que suportar.
- Como você é bobo.
Abriu sua garrafa de uísque, ainda intacta, ela o olhava com um par de olhos que poderia enfrentar qualquer flash. Ele virou o primeiro copo e encheu novamente, deu outro gole.
- Pode tirar a roupa, ja deixei o cenário armado, me confirma se está tudo bem pra você. As cores amarelas e vermelhas se encaixarão à sua pele.
- Pra mim tá ótimo, Armando. Foi exatamente assim que imaginei.
Armando virou o copo novamente. Elisa tirou a roupa. Armando tirou a capa do zoom, a maquina expeliu o zoom, algo crescera tambem em Armando, Armando foi em direção a Elisa, a segurou pelo cabelo, beijou seu pescoço, Elisa tentou resistir, até que Elisa virou e se ajoelhou diante de Armando e Armando continuou sua sessão de fotos, encostou-a no cenário e terminou o que havia começado.
- Nunca mais faça isso, Armando.
- Nunca mais farei, Elisa. Descontarei seu cheque amanhã pela metade e eu agradeço pela sessão.
E recolheu sua máquina, guardou em seu estojo. Elisa o olhava com olhos de quem não suportava mais sequer o flash, nela parecia existir amor, nele parecia existir desespero.
No outro dia Armando não conseguiu descontar o cheque, estava de ressaca, descontou então no próximo, o valor inteiro e nunca mais viu Elisa.
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