quinta-feira, 8 de setembro de 2011

à sua morte, Léo!

E então você se foi, cara.
Você morreu.
Você era um homem duro.
Mas morreu homem.
Você era frágil, às vezes.
Isso te infantilizava.
Agora há uma criança aqui,
Que chora ensandecida.
Como se quisesse questionar algo,
E se você estivesse aqui,
Me perguntaria o por quê
Dela chorar assim.
E afloraria seu lado criança.
E eu não saberia responder,
Porque só vocês dois têm
A velha afinidade das crianças,
De querer saber o choro do outro,
Inocentemente a fim de curar a dor.
Mas você não está.
A criança continua a chorar.
E eu espero que você tenha ido,
Não por acreditar em um lugar melhor,
Não, você não era tão criança assim.
E se foi por isso,
Eu juro, que nunca mais,
Pago aquela pinga com mel
Quando te vir novamente.
E aquele velho abraço,
Com um beijo no rosto.
Fará falta.
Assim como sua dureza.
Que impunha na gente
Um pouco de vivacidade.

Um comentário:

Rita Prado disse...

Pra quem sabe, e já viveu ... Eis seus escritos q refletem de maneira simples o lance da morte/vida ... Obrigada por mais estes ... Excelente!

Rita Prado