Havia chegado em casa não muito bem,
 Havia bebidas, bêbado. 
Coloquei a terceira do Mahler. 
Era uma história incrível.
Via pássaros coloridos, 
uma fada verde, nua. 
Ela havia vindo me visitar.
Queria o terceiro movimento, 
da oitava do Dvorak... 
Tananãaaaa, ta nanã, tannãaaa...
e segurava minha mão direita. 
quase que valsávamos. 
os tambores rugiam.
e tananãaaa, ta nanã, tannãaaa... 
meu deus, não me lembro ao certo o que bebi. 
trepamos a noite toda, em pé. 
ouvindo Mahler e Dvorak. 
Ou deus não existia, 
ou estava muito ocupado. 
porque qualquer um daria tudo pra estar no meu lugar. 
E pela manhã, a fada ainda estava lá. 
Não era bem uma fada. 
a maquiagem estava borrada. 
a musica me doía a cabeça.
a ideia de ter uma mulher, atormentava. 
coloquei minha roupa. 
Levantei. "Vou ao bar."
E quando voltei. 
Lágrimas nos lençóis.
Batom no espelho:
"foda-se, Téo" estava concretizado meu conto de fadas.
3 comentários:
Um bom texto!!! Reflete de fato uma situação digamos q um tanto "imoral" essa seria a palavra certa? Não sei ... O Téo por sí é imoral ... Assim como muito daquilo q escreve. Condenar? Nem pensar ... apenas nos cabe compartilhar ...
Obrigada por mais esse ... Esse tá bem Bukowiskiniano hein?
Parece que eu já vi esta cena antes...
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