quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fada, foda-se, Téo e sinfonias.

Havia chegado em casa não muito bem,
Havia bebidas, bêbado.
Coloquei a terceira do Mahler.
Era uma história incrível.
Via pássaros coloridos,
uma fada verde, nua.
Ela havia vindo me visitar.
Queria o terceiro movimento,
da oitava do Dvorak...
Tananãaaaa, ta nanã, tannãaaa...
e segurava minha mão direita.
quase que valsávamos.
os tambores rugiam.
e tananãaaa, ta nanã, tannãaaa...
meu deus, não me lembro ao certo o que bebi.
trepamos a noite toda, em pé.
ouvindo Mahler e Dvorak.
Ou deus não existia,
ou estava muito ocupado.
porque qualquer um daria tudo pra estar no meu lugar.
E pela manhã, a fada ainda estava lá.
Não era bem uma fada.
a maquiagem estava borrada.
a musica me doía a cabeça.
a ideia de ter uma mulher, atormentava.
coloquei minha roupa.
Levantei. "Vou ao bar."
E quando voltei.
Lágrimas nos lençóis.
Batom no espelho:
"foda-se, Téo" estava concretizado meu conto de fadas.

3 comentários:

Rita Prado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rita Prado disse...

Um bom texto!!! Reflete de fato uma situação digamos q um tanto "imoral" essa seria a palavra certa? Não sei ... O Téo por sí é imoral ... Assim como muito daquilo q escreve. Condenar? Nem pensar ... apenas nos cabe compartilhar ...

Obrigada por mais esse ... Esse tá bem Bukowiskiniano hein?

Moreninha disse...

Parece que eu já vi esta cena antes...