Não me ames, pois não presto,
sou o resto de tudo o que abominas.
Sou sem causa a prostituta, a louca,
aquela que não quer amar para não morrer.
Não olhes em meus olhos, eles mentem
a doçura que não tenho,
escondem a futilidade que amo.
Não me venhas com lágrimas
ou juras de uma vida cor de rosa
prefiro morder a carne a jurar-te
amor que não podes cuidar.
Se tens ainda amor-próprio esqueças.
Partas para as meninas de olhares miúdos,
donzelas fingidas são mais santas que eu.
Sem olhar para trás sigo pelo meu calvário
e tua lembrança não cabe na fumaça
dos meus relicários pernas&camas.
Te dei do corpo a alma e consumistes
de maneira errada o que era para ser ternura.
Arrume a mala, caía fora que a hora corre
e de todas as mentiras pesque as verdades.
Procuro alguém, outro alguém para amar.
Será?
Eliane Alcântara.
2 comentários:
Obrigada pela postagem.
Bom estar em seu espaço : )
Beijos.
Adorei o texto dela, parece comigo, rs.
Beijocas Téeeo;dio.
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