segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Álcool, fingimento e divindade.

Tens algumas escolha.
e beijas o chão pelo álcool que derramastes.
Uma mulher.
a amplidão vertical.
a vida é melhor com ela.
mas não exista tanto assim
faça de conta,
que às vezes,
você gosta de ser invisível.
porque às vezes.
eu faço de conta,
que você não existe.
E você não existe.
Não agora.
Porque agora tenho controle.
Quando você existe, não tenho.
E Deus está lá.
talvez continue até o fim.
Ou nos abandone de vez.
Mas tanto faz,
às vezes é bom ser invisível.
E você ouve: tum-tum-tum.
é que,
na invisibilidade,
minha boca é meu coração.
que te chama.
e você ouve.
ou não!

4 comentários:

Pati* disse...

Me surpreendes, o que nem sempre é bom, mas não deixa as coisas seguirem sendo sempre mais-do-mesmo. Bakhtin tem um conceito de análise interessante, o de EXOTOPIA. Seguindo esse conceito, acreditamos que a compreensão exige “um distanciamento” do indivíduo que compreende, com relação aquilo que "pretende compreender”, pois quem olha "de fora" consegue ver e interpretar aspectos que quem está dentro, envolvido, não consegue identificar. É isso que tento fazer, mas falar em características textuais como sempre venho falando não significa que venha conseguindo, pelo contrário, acho que meu olhar anda condicionado, eu sei que também caio nas armadilhas dessa literatura, hesito em comentar logo na primeira leitura, para não repetir o erro da pretensão de tantas. Por fim, sempre acabo por deixar essa coisa de teoria de lado, ela não serve para explicar tudo não, como a academia quer nos convencer. Do escritor real e do autor empírico, vou tendo sempre um saldo, que é o que vejo nessa e nas tantas outras leituras que me fazem voltar, me delongar: homem, ébrio inveterado e deturpado pela vida - todo o resto é especulação.

Lilian Palhares disse...

Lindo!

Unknown disse...

Cara, Muito bonito!!!!

Unknown disse...

Muito bom como sempre!