segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O problema é a demasia.

A agonia se reflete muito em mim.
e eu não sei o motivo.
talvez o fato de os gatos terem uma vida sexual mais ativa que a minha
e ainda conseguirem dormir 20 horas por dia, explique.
Talvez não.
Mas a realidade é que sob o sol não me dou muito bem
e sob a lua a vida parece demasiadamente incólume.
E não gosto de nada virgem, ileso ou salvo.
O risco que o sol me faz não é aventureiro
e a lua imaculada é tão chata quanto assistir, às onze da manhã, um filme de terror.

4 comentários:

Fogo na tigela. disse...

É a agonia de todos nós...

Maria Rita disse...

São nestes dias em que perco a poesia.

Beijos pra Ti

Pati* disse...

É verdade, a agonia não está na vida, mas na forma com que ela é sentida, muitas vezes nos pautamos pelo extremo.
O que eu tenho durante o dia é luz demais, calor e 1001 coisas que me encaminham para a dispersão, já da noite, que é o lado escuro da existência, eu tive que aprender a não ter medo. Ela pode ser de tranquilidade e de conforto, de apatia ou de falta de defesa, como no sono tranquilo dos inocentes...
A lua tantas vezes cantada como inspiração dos enamorados talvez reflita bem a imunidade alcançada pelas coisas de essência incorruptível, talvez ela seja uma das poucas que se salve, visto que nós, humanos, não passamos de animais, não é mesmo? Por esses dias, mais do que nunca, ando com uma inveja danada dos gatos... =)

Unknown disse...

Essa frase diz tudo pra mim:

"não gosto de nada virgem, ileso ou salvo."

Gosto do desafio....